O que é o feriado “Dia da Independência”?
O dia 7 de setembro marca uma das datas mais importantes da história do Brasil: a proclamação da Independência, feita em 1822. Nesse dia, às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro I declarou a separação política do Brasil em relação a Portugal, dando início a uma nova fase de soberania nacional, com sua célebre frase “Independência ou Morte”.
A Independência não representou apenas um rompimento administrativo, mas também o começo de um processo de construção da identidade brasileira. Foi a partir desse momento que o país passou a traçar, com mais autonomia, os rumos da sua política, economia e cultura.

A importância desse feriado para o país
O 7 de Setembro é uma das datas cívicas mais importantes para os brasileiros. Além de relembrar a conquista da liberdade política, serve como momento de reflexão sobre a cidadania, a democracia e os desafios de construir um país mais justo. A cada ano, o feriado reafirma a identidade nacional e fortalece o sentimento de pertencimento.
Como esse feriado é comemorado?
Tradicionalmente, o feriado é marcado por desfiles cívico-militares, realizados em diversas cidades do país, sendo o maior deles na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Escolas, associações comunitárias e movimentos sociais também realizam atividades educativas, culturais e políticas.
Além das celebrações oficiais, a data se tornou um espaço para a sociedade expressar suas reivindicações por meio de manifestações populares.

Eventos e manifestações pelo país
O 7 de setembro de 2025 foi marcado não apenas pelos tradicionais desfiles, mas também por grandes mobilizações políticas que reuniram milhares de pessoas em diferentes capitais:
Brasília: O desfile oficial começou pela manhã na Esplanada dos Ministérios, reunindo autoridades, forças militares e público geral. No mesmo dia, movimentos sociais organizaram o “Grito dos Excluídos”, realizado na Praça Zumbi dos Palmares (CONIC), a partir das 10h, com pautas como a defesa da soberania nacional e o posicionamento contra anistia a envolvidos em atos do 8 de Janeiro.

São Paulo: Na Avenida Paulista, houve grande concentração popular a partir das 14h, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Estima-se que centenas de milhares de pessoas participaram, levantando bandeiras em defesa da anistia e contra decisões do Supremo Tribunal Federal. No mesmo dia, também aconteceram manifestações da esquerda em outras regiões da cidade, ligadas ao 31º Grito dos Excluídos, com foco em direitos sociais e soberania popular.

Rio de Janeiro: Na Avenida Atlântica, em Copacabana, atos de direita ocorreram durante a manhã, também com forte adesão, defendendo anistia e liberdade política. Paralelamente, movimentos de esquerda se reuniram em outros pontos da cidade, com palavras de ordem contra retrocessos democráticos e pedindo justiça social.

Além dessas capitais, cidades como Recife, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba também registraram atos de direita e de esquerda. Os temas mais abordados incluíram: anistia, democracia, soberania nacional, justiça social, direitos trabalhistas e preservação ambiental.

A correlação com os outros países da América Latina e Caribe
A luta pela independência não é exclusiva do Brasil. Ao longo do século XIX, diversos países da América Latina e do Caribe conquistaram sua liberdade das metrópoles europeias – seja da Espanha, de Portugal, da França ou do Reino Unido.
Assim como no Brasil, esses processos foram marcados por lutas, mobilizações populares e figuras históricas de grande destaque, como no México, que celebra sua independência em 16 de setembro, Honduras em 15 de setembro e Colômbia em 20 de julho. Essas datas revelam uma história comum de resistência e reforçam os laços entre os povos latino-americanos e caribenhos.
O 7 de Setembro, portanto, vai além de um marco brasileiro: ele dialoga com o ideal de independência, unidade e integração de todo o nosso continente.